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Núcleo do Porto – Abertura da Sede do Núcleo ao público

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Após vários anos na expectativa, o Núcleo do Porto da Liga dos Combatentes (NPLC) abriu, em 18 de novembro de 2022, em permanência, a sua sede, o Palacete Visconde Pereira Machado, ao público em geral e aos associados da Liga dos Combatentes (LC) em particular.
A cerimónia foi alavancada pela apresentação do livro de poesia “Caminhos… dos Valores, da Guerra e da Paz”, do Tenente-General Joaquim Chito Rodrigues, Presidente da LC e pela inauguração da exposição da escultora Ivone Gaipi, com esculturas interpretativas da obra referida.
A cerimónia iniciou-se pelas 18H00, depois dos cerca de 200 convidados estarem acomodados nos dois espaços disponibilizados para o efeito, com as boas-vindas dadas pelo presidente do Núcleo, Cor Jocelino Bragança Rodrigues, de que se transcreve: “(…) Hoje é um dia especial, porque marca a concretização de um sonho, que já alguns anos estava referenciado no nosso plano de atividades, mas que por circunstâncias diversas, só hoje foi possível torná-lo realidade graças ao trabalho árduo e resiliente quer da Direção, a que presido, quer dos voluntários e funcionários do Núcleo. Desde janeiro de 2018 foi realizado um trabalho dirigido e meticuloso para que a nossa sede, o Palacete Visconde Pereira Machado, se tornasse numa porta aberta para a cidade, para os cidadãos, onde se incluem os nossos associados, bem como os turistas que visitam a cidade. A Direção, os voluntários e os funcionários do Núcleo sabem que ainda há um longo caminho a percorrer para atingir o estado da arte desejado, mas estamos cientes que percorremos o trilho certo, que combatemos todos os dias o bom combate e que, com a ajuda da Direção Central da LC, da Edilidade, das forças vivas da cidade e dos nossos associados, encontraremos os apoios necessários à sua otimização.” 
Neste quadro foram enaltecidos os trabalhos desenvolvidos quer pela Direção como um todo quer pelos voluntários e funcionários do Núcleo. Assim, foram nomeados, pela excelência, minuciosidade, quantidade e qualidade do trabalho o Senhor Coronel António Alberto dos Santos Araújo” e pela capacidade de iniciativa, a Vice-presidente do Núcleo, Engenheira Maria Raquel Figueira Soutinho (relativo à senhora engenheira colocava uma coisa mais singel. No futuro pode ser usado).
De entre as entidades presentes releva-se  a presença do Tenente-general Joaquim Chito Rodrigues, Presidente da LC, da Exma. Sra. Dra. Catarina Araújo, Vereadora, Pelouro da Saúde e Qualidade de Vida, Juventude e Desporto e Pelouro dos Recursos Humanos e Serviços Jurídicos e Proteção Civil CM Porto, os Exmo. (s) presidentes da Junta de Freguesia do Centro Histórico do Porto, Sr. Nuno Cruz, e da Junta de Freguesia do Bonfim, Dr. João Ricardo Aguiar, Brigadeiro-general Francisco Bento Soares, em representação do General Comandante do Exército, representantes das Forças Armadas e das de Segurança, Presidentes dos Núcleos do Marco de Canavezes, Matosinhos e representantes de Associações de Combatentes, ADFA, IASFA, Museu Militar, DSP, escultora Ivone Gaipi, Curadora Olga e Sousa, elementos da Assembleia Geral, da Direção, voluntários, funcionários e associados do núcleo, entre outras entidades civis e militares convidadas.
Explicado que foi o programa da cerimónia, o Presidente do Núcleo iniciou a apresentação da obra “Caminhos… Dos Valores, Da Guerra e da Paz”, lavrada pelo Exmo. Senhor Presidente da LC, apresentando sucintamente o autor “(…) é um Homem multifacetado, interventivo nos vários setores da nossa sociedade, quer ao nível militar, quer ao nível civil, (…) Trata-se de um cidadão exemplar, um singular militar e um devotado patriota. Um defensor dos valores humanos, morais e éticos e da mui nobre e digna causa dos combatentes, com enfase especial para os mais carenciados e necessitados.” Passando a obra propriamente dita referiu que a mesma era composta por 137 poemas, criteriosamente ‘arrumados’ em três capítulos: ‘Dos Valores’ com 60 poemas; ‘Da Guerra’ com 37 poemas e ‘Da Paz’ com 40 poemas, todos eles interligados por um fio condutor, em que o autor nos guia, em sucedâneo, pelos caminhos dos valores universais, dos valores da guerra, da paz, da liberdade e da responsabilidade, enquanto cidadão, militar e patriota. Este Caminho registado em verso, não é mais do que percurso de vida do autor, que foi feito com sangue, suor e lágrimas, desde os bancos da Academia Militar, enquanto Cadete, até aos nossos dias, como Presidente da LC.
A obra é uma antologia de poemas, composta por versos com uma grande diversidade de métricas, com versos regulares, livres e brancos, sonetos, quadras, etc., baseados em factos reais, vivenciados pelo autor no seu quotidiano, nos quatro cantos do mundo, com temáticas variadas e riquíssimas, eivadas por um fio condutor, do qual resulta um todo harmonioso e coerente. A obra percorre os cinco continentes, num processo de globalização do autor e é intemporal pelos ensinamentos que encerra, válidos desde sempre e para todo o sempre.
A caminhada percorrida pelo autor, é uma experiência de vida, contada na primeira pessoa, mas também muito no Nós, na equipa, no espírito de corpo, na união, no respeito, na confiança depositada, incondicionalmente, na parelha, na esquadra, na secção, no pelotão e na companhia…, no quotidiano e no mundo que o rodeia.
O Coronel Jocelino Rodrigues para culminar a apresentação da obra, que encerra em si uma profunda homenagem aos combatentes de todos os tempos, recorreu a um vídeo alusivo ao combatente,  com o toque de silêncio pelos mortos em combate como musica de fundo… gerando-se  um momento de  forte carga emotiva, vivenciado por todos na posição de pé, que muito foi potenciado pela qualidade e excelência dos meios audiovisuais, gentilmente cedidos elo Comando do Pessoal do Exército  e pela FNAC do Marshoping.
De seguida o Tenente-general Joaquim Chito Rodrigues tomou a palavra e apresentou a longa caminhada calcorreada para escrever a obra, bem como o caminho que o livro percorreu, desde que foi levado à estampa pela editora âncora, em março de 2017, com incursões pela arte, música e teatro, entre outras.
Por último a escultora Ivone Gaipi, introduzida pela sua Curadora, Dra. Olga e Sousa, com declamação de poemas e posteriormente com um momento em que, traçou o caminho que a levou a entrar neste projeto, bem como as peripécias vivenciadas para a sua concretização.
Iniciamos de seguida o trilho para conhecer o Palacete Visconde Pereira Machado, as coleções históricas militares, expostas na sala da Grande Guerra e na Sala do Ultramar, com paragens obrigatórias, acompanhadas pela declamação dos poemas junto das esculturas que lhe deram origem, pela voz forte e acutilante da Curadora Dra. Olga e Sousa.
Estes momentos míticos foram abrilhantados pela melodia suave do Quarteto de Metais da Banda Sinfónica do Exército e pelo serviço de um excelente cocktail volante.
Foram três horas de cultura, conhecimento, diálogo e cavaqueira amena, em que se mataram saudades, se avivaram memórias de antanho e se criaram outras, se travou conhecimento com outras pessoas e mundos, e acima de tudo se ficou com o desejo de um dia voltar, não só para recordar, mas também para apreciar com mais tempo.
A todos aqueles que contribuíram para que o Palacete Visconde Pereira Machado ganhasse uma nova vida, como se regressasse aos tempos áureos das grandiosas soirées dançantes, patrocinadas pelo seu dono, o filantropo Visconde Pereira Machado, à Mui Nobre, Sempre Leal e cidade do Porto, os nossos penhorados agradecimentos.
Espalhem a nova, venham visitar e conhecer uma joia da coroa do Porto, todos os dias úteis da semana, das 10H00 as 17H00.

NPLC

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