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Dia Nacional do Combatente 2025

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O dia 9 de abril de 2025 ficou marcado pelas cerimónias comemorativas do Dia Nacional do Combatente e 107.º aniversário da Batalha de La Lys (9 de abril de 1918) que decorreram no Mosteiro de Santa Maria da Vitória ou Mosteiro da Batalha.
As cerimónias foram presididas pelo Presidente da República (PR) e Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, acompanhado pelo Ministro da Defesa Nacional (MDN), Nuno Melo, Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General José Nunes da Fonseca, Chefe do Estado-Maior do Exército, General Eduardo Mendes Ferrão, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Piloto-Aviador João Cartaxo Alves, Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada, Vice-Almirante Aníbal Soares Ribeiro, Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública, Superintendente-Chefe Luís Miguel Ribeiro Carrilho, Presidente da Liga dos Combatentes (LC), Tenente-general Joaquim Chito Rodrigues, e Presidente do Conselho Supremo da LC, Prof. Dr. Luís Aires Botelho Moniz de Sousa.
Marcaram, igualmente, presença outras entidades civis, militares e religiosas, mas destaca-se a participação de dezenas de Núcleos da LC, Sócios, Porta-guiões, centenas de Combatentes e Associações congéneres portuguesas e estrangeiras.
O Dia Nacional do Combatente teve o seu início com uma missa na igreja do Mosteiro, celebrada pelo Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, Dom Sérgio Dinis. Na homilia da missa, D. Sérgio Dinis exaltou o sacrifício dos Homens e Mulheres pela Paz salientando que “O fogo das guerras, das tensões internacionais, da ameaça à paz, da instabilidade política e económica na Europa e no mundo — tudo isso continua a ser uma fornalha ardente. E, mesmo assim, há quem caminhe dentro dela com firmeza, com fé, com lealdade”, acrescentando que “Nesta Homenagem ao Soldado Desconhecido, evocando o Dia do Combatente, fazemos silêncio diante do mistério da coragem anónima, da fidelidade sem nome, do sacrifício escondido de tantos homens e mulheres que deram a vida pela pátria, pela paz, pela liberdade dos povos.”
Após a celebração religiosa, teve lugar a prestação de honras militares e revista às forças em parada pelo Chefe de Estado, as alocuções do Presidente da LC, do MDN e do PR, a imposição de condecorações, o desfile das forças em parada e das dezenas de Porta-guiões dos Núcleos da LC e Associações de Combatentes congéneres.
A intervenção do Presidente da LC encetou com um agradecimento público ao PR e ao MDN pelo total apoio demonstrado às Forças Armadas, aos Combatentes e à instituição, relembrando que nesta cerimónia “Evocamos o fim da Guerra que justificou o nosso nascimento como associação patriótica e humanitária, promotora da solidariedade e do apoio mútuo, amante da paz, e autora atenta das necessidades dos Combatentes e famílias, no âmbito do apoio social e à saúde, sempre presente, quando o Estado que defenderam, os olvidou. Neste dia, como sempre, não estamos aqui para evocar a guerra, a qual detestamos, porque a experimentámos, mas para evocar a Paz.”
Relembrou, igualmente, que a “Liga dos Combatentes que nasceu há mais de cem anos e viveu e ultrapassou todos os bons e maus momentos por que passou a sociedade portuguesa (…) reúne-se hoje na Batalha, nesta cerimónia Histórica, a 9 de abril, Dia do Combatente, para preservar a Memória dos Combatentes por Portugal e reafirmar que a Batalha de La Lys não deve ser referenciada como um desastre das foças portuguesas, mas sim como exemplo de respeito por todos os soldados que um dia defenderam Portugal, sem que Portugal lhes tivesse garantido os meios humanos e materiais mínimos, para cumprirem a sua missão e eles mesmo em tais condições, se bateram denodadamente.”
Sem esquecer os Combatentes de ontem e defendendo os Combatentes de hoje, o Presidente da LC afirmou ainda que “de acordo com o sentimento generalizado dos Combatentes vivos, os governos da Nação esqueceram durante muitos anos os seus Combatentes. Nós, na Liga dos Combatentes, sabemos a razão por que nascemos como Instituição e porque continuamos bem vivos”. Acrescentando que o Estatuto do Antigo Combatente (Lei n.º 46/2020) precisa de ser revisto, apesar das decisões muito positivas tomadas pelo MDN, Nuno Melo, no âmbito do apoio à saúde através da Portaria n.º 372-C/2024/1 que estabelece a comparticipação nos medicamentos para os Combatentes pensionistas (50% em 2025 e 50% em 2026) e 90% nos medicamentos psicofármacos. Consulte o discurso do Presidente da LC na íntegra.
Após as alocuções proferidas, seguiu-se a imposição de condecorações. Este ano, a LC agraciou com a Medalha de Honra ao Mérito (grau Ouro) – que se destina a premiar pessoas singulares ou coletivas, nacionais ou estrangeiras, pelos serviços muito distintos e do mais elevado mérito, exercidos no desempenho dos mais altos e alçados desígnios da LC – as seguintes entidades:
    – Presidentes das Câmaras Municipais: Abrantes, Manuel Valamatos dos Reis; Estremoz, José Sádio; e, Mourão, João Fortes;
    – Presidente da Junta de Freguesia de Reguengos de Monsaraz, Pedro Conceição;
    – Membros da Direção Central da LC: Coronel José Peres de Almeida, Coronel Carlos Batalha da Silva e Coronel Paulo Glória Belchior;
    – Antigo Presidente do Núcleo de Moura da LC, Sargento-chefe Hélder Santa Maria; 
    – Elementos da equipa da Residência São Nuno de Santa Maria da LC, em Estremoz: Dulce Correia, Diretora Técnica; Dr. Tiago Xavier Lopes, Médico de medicina interna.
Cumprindo o programa da cerimónia, seguiu-se o Desfile das Forças em Parada com a participação dos três ramos das Forças Armadas, encerrando com o desfile de dezenas de Porta-guiões dos Núcleos da LC de norte a sul do país, ilhas e estrangeiro, a que se juntaram Porta-guiões de outras Associações de Combatentes nacionais e internacionais.
Terminado o desfile, o PR e o MDN assinaram o Livro de Honra no Museu das Oferendas. Este ato oficial antecedeu um momento de calorosa troca de cumprimentos entre as altas entidades e os Combatentes e Porta-guiões dos Núcleos da LC que estavam posicionados ao longo do claustro do Mosteiro, enquadrando a cerimónia de honra aos Mortos em Combate que decorreu, em seguida, na Sala do Capítulo onde está o Túmulo ao Soldado Desconhecido e o Cristo das Trincheiras. Junto ao Túmulo, homenageou-se o Combatente Português, depuseram-se coroas de flores e foi entoado o Hino Nacional e o Hino da LC pelo Grupo Coral Misto do Núcleo da Batalha da LC.
Tal como em 2024, a cerimónia deste ano contou com a presença de uma comitiva de entidades locais, membros da comunidade portuguesa emigrante e representantes da LC da região de Hauts-de-France. A presença desta comitiva antecedeu a visita de uma comitiva oficial portuguesa a França, nos dias 12 e 13 de abril, para as respetivas cerimónias evocativas da Batalha de La Lys que decorreram no Cemitério Militar Português de Richebourg, Monumento aos Mortos em La Couture, Talhão Português do Cemitério da Commonwealth em Boulogne-sur-Mer e o Memorial da Cruz Vermelha Portuguesa em Ambleteuse.
A LC agradece a Todos os Combatentes, Sócios, Núcleos e amigos que participaram nas cerimónias de homenagem ao Combatente Português, contribuindo decisivamente para a preservação e conservação da memória nacional coletiva. O agradecimento institucional estende-se a todas as entidades e instituições militares e civis que contribuíram para o sucesso da organização das cerimónias.

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