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Cerimónia fúnebre de homenagem a Marcelino da Mata

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As condições sanitárias existentes, o estado de emergência em vigor e o facto de Marcelino da Mata ter falecido vítima de Covid 19, impediram que o heroico combatente tivesse as Honras Militares que lhe eram devidas, enquanto Torre Espada, Valor Lealdade e Mérito, assim como impediram que muitos combatentes e amigos o acompanhassem a última morada. Comando, sócio da Liga dos Combatentes e seu Membro Honorário, foi a enterrar no Talhão da Liga dos Combatentes, no cemitério de Queluz, a cujo Núcleo pertencia.
Falecido a 11 de fevereiro, teve pelos motivos atrás referidos o seu funeral a 15 de fevereiro pelas 11h00.
A situação de emergência existente impediu a organização de uma cerimónia oficial. O carisma e força do herói caído, porém, daria azo a contactos informais que conduziram a presença de entidades oficiais, religiosas, Comandos e outros combatentes que garantiram uma despedida altamente significativa e merecida, num esforço consciente do respeito das regras de distanciamento estabelecidas.
Marcelino da Mata Foto: Alfredo Cunha
O Núcleo de Queluz da Liga dos Combatentes coordenou o acionamento do funeral com a família do Marcelino da Mata.
Um grupo de Comandos orientado pelo Comando Borralho, no exterior do cemitério, após a chegada do carro fúnebre, com a urna coberta pela Bandeira Nacional, organizou um momento de despedida.
Sua Exa Reverendíssima o Bispo das Forças Armadas e de Segurança, acompanhado do Capelão do Regimento de Comandos, após fazer as orações religiosas tradicionais, fez a apologia do Herói que ia a enterrar, do seu exemplo de amor a Pátria, do respeito que merece e do seu lugar na História.
Seguiu-se uma intervenção do Coronel Comando Henriques, o qual dirigindo-se diretamente a Marcelino da Mata exaltou a sua vida de Combatente e Comando.
O Coronel Comando Roberto Durão disse depois, uma poesia de homenagem a Marcelino, ao que se seguiu um minuto de silêncio, findo o qual arrancou o grito Comando “Mama Sumae!” (Aqui estamos, prontos para o sacrifício). Após alguém comando ter gritado o nome de Marcelino da Mata, todos responderam: – Presente.
Entretanto, marcaram a sua presença, e assistiram a este momento, Sua Exa. o Presidente da República, o Almirante Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, o General Chefe do Estado-Maior do Exército, Chefe da Casa Militar de Sua Exa. o PR, o Presidente da Câmara Municipal de Sintra, a Presidente da Junta de Freguesia de Queluz, o Presidente da Liga dos Combatentes, o Presidente da Associação de Comandos e o Presidente do Núcleo de Queluz da LC, para além de boinas vermelhas e de paras. Flutuavam guiões dos Comandos, dos paraquedistas e da Liga dos Combatentes.
Os condicionamentos existentes impediram os presentes de entrar no cemitério. Apenas as entidades referidas o puderam fazer acompanhando os familiares de Marcelino da Mata. Junto ao lugar onde foi a enterrar no Talhão dos Combatentes distinguia-se o Guião do Núcleo da Liga dos Combatentes de Queluz.
Após as ações religiosas, o General Chefe do Estado-Maior de Exército entregou à família uma Bandeira Nacional.
Sua Exa. o Presidente da República dirigiu-se ao lugar, já coberto de coroas de flores, onde acabava de ser inumado o Combatente Tenente-coronel Comando Marcelino da Mata e tocou a coroa de flores da Presidência da República. Toda a Cerimónia foi simples, mas de grande dignidade.
Um heroico combatente Comando havia caído vítima da Covid 19, aos oitenta anos. E até na sua morte dá, aos portugueses, motivos para refletirem!

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