O Núcleo da Liga dos Combatentes em Toronto, Ontario, Canada estabeleceu uma parceria com a Royal Canadian Navy para incentivar os lusodescendentes naquela força e a beneficiarem das vantagens.
“Nós somos um povo do mar, descobridores do mundo, porque não dar a continuidade da nossa história aos nossos jovens”, afirmou o presidente da Associação do Ontário dos Ex-Combatentes do Ultramar-Núcleo de Toronto, Armando Branco, de 74 anos.
O presidente do Núcleo da Liga dos Combatentes em Toronto justificou acreditar que devido à falta de informação não se “desperte nos jovens o interesse pelo serviço militar, pela marinha, pelo exército ou pela força aérea”.
O Núcleo apresentou o projeto de parceria numa conferência de imprensa, no sábado, na sede em Toronto, com a presença de elementos lusodescendentes da marinha canadiana, incluindo o comandante na reserva da base naval HMCS NCSM York Walter Moniz.
“Esta é uma oportunidade para servirem o Canadá e representar as suas famílias e a comunidade portuguesa. Vão aprender aquelas habilidades, não só para o serviço militar, mas para o futuro, quando deixaram a marinha, nos seus trabalhos enquanto civis. Nunca se arrependerão dessas experiências, e dessas oportunidades”, justificou Walter Moniz.
O oficial na reserva da marinha de guerra canadiana destacou os benefícios e ferramentas que os jovens lusodescendentes terão ao ingressarem na marinha, pois além de oportunidades de emprego, terão ainda “ajuda financeira para prosseguirem os estudos”.
Filho de emigrantes dos Açores, Walter Moniz mostrou-se ainda “muito orgulhoso das suas origens portugueses” e lembrou um “momento marcante da sua carreira” quando serviu num exercício da NATO em 2000.
“Já tive a oportunidade de servir junto do NRP Vasco da Gama em 2000, num exercício da NATO, com o HMCS Halifax. Foi um momento muito emocionante ao trabalhar com marinheiros e oficiais da marinha portuguesa. Estou muito orgulhoso da nossa história e quero continuar a prestigiar os nossos antepassados no Canadá”, concluiu.