Núcleo de Lamego – Homenagem aos Combatentes do Ultramar em Freigil (Resende)

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No âmbito de uma iniciativa dinamizada pela Junta de Freguesia da União das freguesias de Freigil e Miomães decorreu, no passado dia 15 de fevereiro de 2025, a Igreja Matriz de Santa Maria de Freigil, uma cerimónia solene dedicada aos combatentes da freguesia que serviram na Guerra do Ultramar entre 1961 e 1975. A iniciativa, integrada no projeto “Heróis da Guerra do Ultramar do Concelho de Resende”, foi organizada pelas professoras Fátima Silva e Fátima Soledade, com o apoio institucional da Junta de Freguesia, liderada pela presidente Maria Isaurinda, e da Assembleia de Freguesia.
A cerimónia teve início com uma missa presidida pelo pároco, Padre Abel Costa, em honra dos combatentes vivos e falecidos de Freigil. Carregada de simbolismo, a igreja encheu-se de familiares, amigos, antigos camaradas de armas e diversas entidades, destacando-se, o Presidente da Assembleia Municipal de Resende, Dr. Jorge Machado, o Vice-presidente e vereadores do executivo municipal, o Tenente-coronel Cordeiro (em representação da Presidência da República), e Capitão Teles em representação do Comandante do Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE) e o presidente do Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes, Coronel na reserva Valdemar Lima.
Maria Isaurinda, presidente da Junta de Freguesia, sublinhou a importância de “honrar quem deu o seu melhor pela nação, muitas vezes longe da terra que os viu nascer”. Na sequência, foram entregues lembranças simbólicas aos combatentes presentes ou aos seus familiares, muitos dos quais viajaram de diversos pontos do país para participar.
O momento alto do evento foi a estreia do “Hino ao Combatente”, composto e interpretado por Gonçalo Cardoso, jovem aluno do Conservatório e filho da terra. A peça, que fundiu tradição e modernidade, arrancou aplausos emocionados da assistência, simbolizando a ligação entre gerações.
O Presidente do Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes encerrou a cerimónia, afirmando: “Estes homens carregaram nas costas o peso da História. Honrá-los é honrar a própria Portugalidade”.
No Largo da Igreja, foi descerrado um monumento, assegurando que o seu legado jamais será esquecido, tendo o evento terminado com um Porto de Honra, onde histórias de vida se entrelaçaram entre abraços e lágrimas. Veteranos reviveram memórias, familiares partilharam orgulho e jovens absorveram lições de um passado que agora lhes pertence. Esta homenagem não foi apenas um gesto do passado, mas um compromisso com o futuro. Ao erguer um monumento e reunir a comunidade, Freigil mostrou que a memória dos seus combatentes permanece viva, um farol de resistência e união num mundo em constante mudança. Como resumiu um dos veteranos presentes: “Hoje, sentimos que valeu a pena, a nossa terra não nos esqueceu.”

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