A sessão contou com um primeiro painel, com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, do Presidente do Núcleo de Abrantes da Liga dos Combatentes, António Hilário e do Diretor do Agrupamento de Escolas N.º 1 de Abrantes, Jorge Costa. A obra, propriamente dita, foi apresentada pelo historiador José Martinho Gaspar, seguida pela alocução do autor, António Alpalhão.
Sinopse
A obra visa a perpetuação da memória de uma geração de camponeses-soldados, mas também de um concelho, de uma região e do país, numa época assaz difícil em que, para além da guerra, se mantinham a miséria e a iliteracia. Acompanham-se em especial as bocas de fogo do Regimento de Artilharia 8 e os passos do Regimento de Infantaria 22, com aquartelamentos na cidade de Abrantes, para onde convergiam os mancebos de vários concelhos, de acordo com a circunscrição territorial então em vigor.
Identificam-se perto de seiscentos combatentes do concelho de Abrantes, embarcados para França, ao serviço do Corpo Expedicionário Português. Não se busca a glorificação de heróis nem de mártires, tantas vezes diferenciados apenas pela ténue fronteira do acaso, mas tão só o registo dos combatentes, das ocorrências e das peripécias, ricas do ponto de vista sociológico, num conflito para o qual Portugal não estava manifestamente preparado.