Museu das Oferendas ao Soldado Desconhecido (Batalha)

Na Vila da Batalha encontra-se o majestoso Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Um monumento que visa relembrar a batalha de Aljubarrota e panteão régio, sendo que as suas obras se iniciaram no século XIV, com o patrocínio de D. João I. Este é um dos grandes exemplares edificados do estilo gótico português. As suas vastas dependências são um exemplo da evolução da arquitetura medieval até ao século XVI, portanto desde o tardo-gótico à decoração manuelina.
Este mosteiro foi classificado como Património Mundial da UNESCO em 1983. Após três anos da batalha de Aljubarrota (14 de agosto de 1385), este mosteiro iniciou o seu processo de construção, como voto de D. João I à Virgem, se derrotasse o invasor castelhano, podendo assim retomar a independência de Portugal, nascendo também a nova Dinastia de Avis. Na praça lateral deste, encontra-se o Monumento Equestre do Condestável D. Nuno Álvares Pereira (Patrono da Liga dos Combatentes), de 1968, que visa imortalizar o herói comandante da Batalha de Aljubarrota.
Instalado no antigo refeitório conventual do Mosteiro da Batalha, e pertencente à Liga dos Combatentes, deparamo-nos com o Museu das Oferendas ao Soldado Desconhecido, que perpetua a memória da participação portuguesa na Grande Guerra de 1914-1918. Portugal interveio no conflito em defesa dos seus territórios coloniais em África, ameaçados pela pretensão da Alemanha de constituir o seu próprio império colonial, anexando parte das colónias portuguesas de Angola e de Moçambique. Inicialmente combatendo nestas duas colónias, contra os alemães, apoiados pela Inglaterra. Posteriormente, Portugal participou também no conflito europeu (fronteira franco-belga), onde em 9 de abril de 1918 sofreu um elevado número de baixas na Batalha de La Lys.
Este Museu exibe objetos interessantes, oferecidos ao Soldado Desconhecido, assim como troféus da Primeira Guerra Mundial e condecorações militares. Dispõe de um pequeno posto de vendas, onde podem ser adquiridos artefactos e artesanatos nacionais.
Na Sala do Capítulo, que, tal como o Refeitório, se encontra anexa ao Claustro Real do mosteiro, sob uma imensa abóbada, considerada das mais audaciosas da arquitetura gótica europeia, encontra-se o Túmulo do Soldado Desconhecido. O Túmulo contém os corpos de dois soldados portugueses da Primeira Guerra Mundial — um vindo dos campos de batalha da Flandres e outro chegado do teatro africano (Moçambique) — que ali foram sepultados a 10 de abril de 1921. Iluminado pela luz da “Chama da Pátria”, num monumental lampadário que mantém viva essa “chama”, sob o olhar do “Cristo das Trincheiras”, que “acompanhou” as tropas durante o conflito, o Soldado Desconhecido encerra em si o símbolo dos milhares de portugueses que tombaram nas trincheiras da Flandres.
O Lampadário, criado em ferro forjado, ornamentado com figuras representando soldados de todos os tempos, chegou ao local onde se encontra a 7 de abril de 1924, é uma obra de arte projetada pelo Mestre António Gonçalves e executada pelo lamecense Lourenço Chaves de Almeida. A sua inauguração solene, bem como o acender da Chama da Pátria, deu-se no dia 9 de abril de 1924.

INFORMAÇÕES

Localização
Mosteiro de Santa Maria da Vitória ou Mosteiro da Batalha 2440-001 Batalha

Como chegar
A8 Lisboa/Leiria; A1 Lisboa/Porto (saída Fátima/Batalha);
A19 Leiria/Batalha; IC2 Lisboa/Porto (saída Batalha); IC9 Tomar/Nazaré (saída Batalha); Autocarros interurbanos (Largo 14 de Agosto – Igreja Matriz)

Contactos
Telefone: +351 244 765 738 / +351 961 104 870
E-mail: lcbtl@sapo.pt / ligacombatentesbtl@sapo.pt

Horário dos Serviços Administrativos
2.ª a 6.ª feira: 09h00-12h30 | 14h00-17h30

Acessibilidades
Espaços acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida

Horário do Museu
16 de outubro a 31 de março: 09h00-18h00
1 de abril a 15 de outubro: 09h00-18h30
Encerrado: 1 de janeiro, domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro

Bilheteira
Preço normal: 10€
Entrada gratuita: Sócios da Liga dos Combatentes; Antigos Combatentes e viúvas (portadores do cartão identificativo); Crianças até aos 12 anos; Outras condições AQUI

Marcação de visitas
Marcação obrigatória para grupos superiores a 50 pessoas.