O dia, chuvoso, começou com Eucaristia celebrada por S. Exa. Rev. o Bispo das Forças Armadas e de Segurança, D. Rui Valério, numa cerimónia que contou com as presenças do Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, Almirante Silva Ribeiro entre as mais altas patentes do Exército, Marinha e Força Aérea. A cerimónia militar foi presidida pelo Ministro da Defesa Nacional, Prof. Dr. João Gomes Cravinho acompanhado pela Secretária de Estado Dr.ª Ana Santos Pinto. Neste DIA NACIONAL DO COMBATENTE a Liga dos Combatentes evocou o 101º aniversario da Batalha de La Lys e a 83ª romagem ao Túmulo do Soldado Desconhecido.
A cerimónia teve início com as honras militares e a revista às forças em parada pelo Ministro da Defesa. O Ministro da Defesa foi acompanhado pelo Presidente da Câmara Municipal da Batalha, o Almirante Chefe-do-Estado Maior das Forças Armadas e o Presidente da Liga dos Combatentes. No decorrer da cerimónia foram executadas 19 salvas de artilharia , sendo o speaker que anunciou as fases da cerimónia o Tenente-coronel Álvaro Diogo. De seguida, os discursos do Presidente da Liga dos Combatentes, TGen Joaquim Chito Rodrigues e do Ministro da Defesa Nacional, Prof. Dr. João Cravinho, após o que foram impostas diversas condecorações.
A medalha da Defesa Nacional é destinada a galardoar os militares e civis nacionais ou estrangeiros que no âmbito técnico-profissional revelem elevada competência, excecionais qualidades no desempenho das suas funções e relevantes qualidades pessoais contribuindo significativamente para a eficiência, prestígio e cumprimento da missão do Ministério da Defesa Nacional.
Medalha da Defesa Nacional 2.ª classe
Tenente-coronel António Augusto Porteira de Almeida, Vogal da Liga dos Combatentes;
Medalha da Defesa Nacional 4.ª classe
Dr. Alcides da Silva Martins, Presidente do Conselho Fiscal da Liga dos Combatentes
Dr. Hélder Freire, Diretor da revista Combatente, da Liga dos Combatentes;
Condecoração à Liga dos Combatentes – Membro Honorário da Real Ordem de N.ª Sr.ª de Vila Viçosa – comenda imposta no Estandarte Heráldico da Liga dos Combatentes por D. Duarte Pio de Bragança, Grão Mestre das Ordens Reais Portuguesas, acompanhado pelo membro da Ordem, Paulo Vitorino, como, pelo trabalho da Liga dos Combatentes ao evidenciar e exaltar o amor à Pátria e aos símbolos;
Consta do termo de concessão: Ao longo da sua existência a Liga dos Combatentes tem promovido a exaltação do amor à Pátria, e a divulgação do significado dos símbolos nacionais assim como a defesa intransigente dos valores morais e históricos de Portugal evidenciando o comportamento efetivo na defesa dos valores da Solidariedade e da Paz, pretendendo assim evidenciar e exaltar o trabalho da Liga dos Combatentes.
A Medalha de Mérito da Liga dos Combatentes destina-se a galardoar pessoas singulares, nacionais ou estrangeiras, bem como sócios ou funcionários da Liga pelos serviços distintos e de elevado mérito prestados ao serviço da Liga dos Combatentes ou ao seu serviço.
– Medalhas de mérito da Liga dos Combatentes atribuída no grau Ouro – à Presidente da Câmara de Cantanhede, D.ª M.ª Helena Teodósio ao Presidente da Câmara de Palmela Álvaro Amaro e José Calisto Presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, impostas pelo Almirante CEMGFA, Secretária de Estado da Defesa Nacional e Presidente da Liga dos Combatentes.
O Presidente da Liga dos Combatentes impôs também esta medalha no Grau Ouro aos anteriores Presidentes dos Núcleos de Évora, Sargento-mor Paulo Pagará, do Núcleo de Lamego, Sr. Artur Pombinho Lucena, e Sr. José Henrique do Núcleo de Espinho.
Após o desfile das Forças em Parada com representação da banda dos Fuzileiros , o estandarte nacional e uma Companhia a três pelotões, um de Fuzileiros, um do Exército e outro da Força Aérea, seguidos pelos cerca de 80 guiões dos Núcleos da Liga dos Combatentes, as entidades visitaram o Museu das Oferendas onde foi assinado o Livro de Honra da Liga dos Combatentes tendo a cerimónia de deposição de Coroas de Flores decorrido na Sala do Capítulo do Mosteiro da Batalha, junto ao túmulo do Soldado Desconhecido que se encontra nesta sala desde 1921, e que guarda os corpos de dois soldados: um morto na Flandres e outro em Moçambique – e é permanentemente alumiado pela “chama da Pátria” e homenageado por militares.
Na parede sobranceira ao túmulo, a escultura do Cristo das Trincheiras.
Sobre a ORDEM DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE VILA VIÇOSA, de seu nome completo REAL ORDEM MILITAR DE NOSSA SENHORA DE VILA VIÇOSA. A insígnia desta ordem (de banda azul com riscas laterais brancas) é constituída por um medalhão coroado, em forma de estrela, com um círculo ao centro onde se leem as letras AM, com a inscrição Padroeira do Reino. A insígnia foi desenhada por Jean-Baptiste Debret, em 1818 e é uma ordem dinástica portuguesa.
A ordem foi instituída pelo rei D. João VI de Portugal a 6 de fevereiro de 1818, dia da sua aclamação, no Rio de Janeiro, Brasil. O objetivo do rei, grão-mestre da nova Ordem Militar Leiga, era homenagear a padroeira Nossa Senhora da Conceição(designada por alvará de 1646) pelo motivo de Portugal ter sobrevivido, como país independente, às guerras napoleónicas que tinham assolado o país e a Europa.
Até 1910 foram agraciados com esta ordem várias personalidades, essencialmente oriundas da nobreza e da aristocracia. O Governo provisório, em Outubro de 1910, extinguiu-a como ordem militar, embora o rei D. Manuel II de Portugal no exílio e os pretendentes a Duques de Bragança que lhe sucederam tenham continuado a utilizar as insígnias desta ordem.