«Uma referência sentimental de uma geração de combatentes entrou no Museu do Combatente»
O dia 5 de novembro, previsto para a manobra de colocação de um Alouette III no Museu do Combatente, materializou um desejo profundo de muitos combatentes, quer por parte daqueles que em terra beneficiaram do seu apoio, quer dos que os pilotaram ou mantiveram operacionais.
A Liga dos Combatentes que várias vezes fez a proposta a Força Aérea, ainda os mesmos se encontravam operacionais, por decisão favorável do atual CEMFA general Joaquim Borrego, viu a sua proposta concretizada e cumpre agradecer-lhe.
A presença de um Alouette III no Museu do Combatente é para os combatentes do ultramar um motivo de regozijo. Por isso, foi natural que a Liga dos Combatentes fosse acompanhada por grupos de combatentes especialistas da Força Aérea que a ele estiveram ligados, de que destaco Jorge Ferraz e o seu grupo que sempre acompanharam e alertaram para o andamento da situação, manifestando forte desejo de ver o Alouette no Museu.
Igualmente o General Esteves Araújo e General Cruz se interessaram pelo problema. O acordo do Presidente da Liga, com o senhor general CEMFA que teve que afastar um Alouette de acordos internacionais assumidos, após o seu abate operacional, permitiu fixar, no início do ano, a data de 11 de novembro, em que a Liga evoca o fim da GG, em Belém, como a mais significativa para a sua inauguração, já que é uma cerimónia de grande significado e que permitiria reunir todos os que desejassem estar presentes.
A pandemia, porém, ameaçou esse objetivo, e há dois meses o Heli ainda se encontrava muito longe de estar recuperado e sem condições de ser colocado no Museu. Deve-se às orientações dadas pelo CEMFA General Joaquim Borrego, ao comando da BA11 e aos seus técnicos, a extraordinária recuperação em tempo recorde que permitiu termos hoje um exemplar do Alouette III, referência sentimental de cerca de um milhão de Combatentes, no Museu do Combatente.
Porquê? – perguntarão.
Porque o Alouette III os acompanhou nas operações mais difíceis, porque os colocou ou recolheu, os evacuou ou salvou, enfim, porque lhes deu a tranquilidade necessária para atuarem sabendo que se houvesse algum problema grave, o apoio para a evacuação, e por vezes apoio de fogo, ou mesmo logístico, seriam garantidos. Enfim porque fez parte das suas vidas na Guerra do Ultramar.
Era assim ideia de a Liga reunir os que mais estiveram ligados a operação e não só, em cerimónia evocativa. A declaração do estado de calamidade e depois do estado de emergência conduziu a diferentes hipóteses para a cerimónias de 11 de novembro, onde celebramos também o dia do Armistício e do Aniversário da Liga. A cerimónia realizar-se-á, mas apenas com a presença de onze entidades entre elas Sua Ex.ª o Presidente da República.
Agradecemos a todos os que se interessaram e aos que na Força Aérea tornaram possível este objetivo. Os nossos profundos agradecimentos ao General Joaquim Borrego, ilustre Chefe do Estado Maior da Força Aérea.
O Cor Pimenta, FA, membro da Direção Central, coordenou a operação de colocação do Alouette no Museu do Combatente.
Lisboa, 6 de novembro de 2020
O Presidente da Liga dos Combatentes
TGeneral Joaquim Chito Rodrigues

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