No dia 14 de novembro, o Núcleo de Braga da Liga dos Combatentes e o Regimento de Cavalaria Nº 6 levaram a efeito, nesta cidade, as solenidades comemorativas do centésimo aniversário do Armistício de 11de novembro de 1918. As cerimónias iniciaram-se com o içar das bandeiras, pelas 9 horas, na sede do Núcleo. Seguiu-se a receção aos convidados, com destaque para o Presidente da Direção Central da Liga dos Combatentes, Tenente-general Joaquim Chito Rodrigues. Às 10h30, com a guarda de honra, foi celebrada a Missa de sufrágio por todos os combatentes que tombaram ao serviço da Pátria, nas mais diversas frentes de conflito.
Num Templo repleto de fiéis, autoridades civis e militares, o Capelão Ricardo Barbosa exortou a assembleia para que cada um sentisse a necessidade de se converter num autêntico paladino da paz, nos seus lares, nos seus locais de trabalho ou onde quer que se encontre. Será o esforço destes obreiros que há de constituir o pilar imprescindível para a árdua tarefa do renascimento dos valores.
As cerimónias militares tiveram início às 11h15, junto ao monumento aos combatentes, na avenida central, onde já se encontrava um pelotão do Regimento de Cavalaria Nº 6. Em homenagem aos mortos, foi depositada uma coroa de flores, seguindo-se a leitura da Prece proclamada pelo presbítero. Usou da palavra o Comandante do RC6 Coronel José Talambas, que, de entre outras considerações, se referiu à eloquência do número de mortos, de feridos, de estropiados, de gaseados, de traumatizados e evidenciou a coragem, a audácia, o mérito, a resiliência dos combatentes portugueses, ao longo da nossa História. Alicerçado nestes atributos perspetivou o seu valor, em futuros conflitos, nomeadamente, em missões de paz.
Na sua alocução o Presidente da Direção Central enfatizou a ação meritória dos combatentes que abnegadamente cumpriram a sua missão; fez uma retrospetiva da ação humanitária da Liga em prol da dignificação daqueles que regressaram e que os nossos sucessivos governantes quase abandonaram à sua sorte, deixando muitos deles, numa autêntica situação deprimente. Face a essa ignomínia, o Tenente-general Joaquim Chito Rodrigues deu conta do esforço que a Liga dos Combatentes está a investir nos corredores do Poder, com vista à revogação da lei vigente, garantindo a cada combatente da guerra do ultramar a atribuição de um complemento vitalício bem mais justo e muito mais digno.
Procedeu-se depois à condecoração com a Medalha Comemorativa das Campanhas a Antigos Combatentes, Oficiais, Sargentos e Praças. Às 13h00, seguiu-se um momento de confraternização, no RC 6, onde foi servido o almoço.