Este dia de homenagem a todos os Combatentes de Portugal foi presidido pelo Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, acompanhado pelo Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General José Nunes da Fonseca, o Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Álvaro Castello-Branco, a Secretária de Estado da Defesa Nacional, Ana Isabel Xavier, o Presidente da Liga dos Combatentes (LC), Tenente-general Joaquim Chito Rodrigues, entre outras autoridades e entidades civis, militares, religiosas e Associações de Combatentes portuguesas e estrangeiras.
O Dia Nacional do Combatente teve o seu início com uma missa na igreja do Mosteiro da Batalha, celebrada pelo Patriarca de Lisboa e Administrador Apostólico da Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança, Dom Rui Valério. Este ano, a missa teve direito a transmissão televisiva na TVI.
Após a missa, decorreu a cerimónia oficial com honras militares, as alocuções do Presidente da LC, do Ministro da Defesa Nacional e do Presidente da República, a atribuição de condecorações, o desfile das forças em parada e dos Combatentes.
Das palavras do Presidente da LC destaca-se que “Em cerimónias como esta, vêm-nos à memória contrastes da vida real, numa contração do tempo, que a análise dos factos relativiza, vivifica e faz sobressair lições aprendidas”.
E ainda, “Em todos os momentos difíceis da vida nacional, que atrás referi, momentos importantes da História de Portugal, houve uma parte do povo português que foi ator decisivo no desenrolar dos acontecimentos. Uma parte desse povo deu a vida, ao escrever essa História. A outra parte sobreviveu, regressou e raramente, ou tardiamente, recebeu os reconhecimentos morais e materiais devidos. Foram soldados de Portugal, essas duas partes do povo português, os atores decisivos nos momentos difíceis da sua História.”
A terminar, o Presidente da LC agradeceu a presença da comitiva francesa, proveniente da região dos Hauts-de-France composta por: Bruno Cavaco, Consûl Honorário de Portugal em Lille; Mady Dorchies, Conselheira Regional para o Património e Dever de Memória; Raymond Gaquère, Maire de La Couture; Jérôme Demullier, Maire de Richebourg; Stéphane Pinto, Maire de Ambleteuse; Mireille Hingrez-Céréda, 1.ª vice-presidente do Departamento de Pas-de-Calais; Benoit Roussel, Maire de Arques; António da Silva, 1.º Adjunto da Ville de Roncq; Manuella Cavaco-Desbourses, conselheira municipal de Loos-en-Gohelle; João Marques, Presidente da União Franco-Portuguesa de Richebourg; Pierre Lantoine, descendente do Cônsul Louis Lantoine; António Marrucho, jornalista do Luso Jornal; e, Aurore Descamps-Ronsin, porta-guião do Núcleo de Lillers da LC.
O Ministro da Defesa Nacional referiu ser “um dever e uma honra” estar presente na cerimónia, indicando que a celebração do Dia Nacional do Combatente “é um dos vínculos mais importantes entre o Estado e a Nação, o país e a sua memória, a comunidade e a sua continuidade histórica”, terminando a sua intervenção afirmando que os militares das Forças Armadas têm noção de que o Combatente é sempre a última fronteira da nossa independência e que “ontem, hoje e amanhã, a Nação em paz deve-lhes gratidão e respeito”.
As palavras do Presidente da República reforçaram a ideia de que “Forças Armadas fortes são navios, aviões e blindados, mas são, sobretudo, quem os navega, os pilota e os conduz. E que, ou têm estatuto condigno para serem militares e se manterem militares ou, uma vez mais, se pode desbaratar um momento irrepetível na nossa história. Tal como se não deve desbaratar o momento irrepetível de cumprir aquilo que está por cumprir no estatuto do antigo combatente”, acrescentando que “sem militares não há Forças Armadas fortes, sem Forças Armadas fortes, não há Portugal forte”. Após as três intervenções, seguiu-se o ato de imposição de condecorações.
Condecorados com a Medalha de Honra ao Mérito (Grau Ouro)
Dr. Basílio Horta, Presidente da Câmara Municipal de Sintra; Tenente-general José Baptista Pereira, Presidente da Assembleia-geral da LC; Tenente-general Baltazar António Morais Barroco, Presidente do Conselho Supremo da LC; Dr. Luís Aires Botelho Moniz de Sousa, Secretário do Conselho Supremo da LC; Dr.ª Ana Leonor de Oliveira Barata, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Viseu; Junta Freguesia de Viseu, representada pelo Dr. Diamantino Amaral dos Santos; Coronel Manuel Correia dos Santos Luís (a título póstumo); Coronel Norberto Antunes Serra, Presidente do Núcleo de Leiria da LC; Tenente-coronel Paulo Jorge de Jesus Rêpas, antigo Presidente do Núcleo de Tomar da LC; Tenente-coronel António Benjamim Mascarenhas, Presidente do Núcleo de Chaves da LC.
O Desfile das Forças em Parada contou com a participação dos três ramos das Forças Armadas Portuguesas, encerrando com o desfile de dezenas de porta-guiões dos Núcleos da LC, oriundos de norte a sul do país, ilhas e do estrangeiro, bem como de outras associações congéneres.
Em seguida, procedeu-se à assinatura do Livro de Honra no Museu das Oferendas. Este ato antecedeu o cumprimento individual do Presidente da República, Ministro da Defesa Nacional, Presidente da LC e demais altas entidades aos porta-guiões dos Núcleos que se posicionaram no claustro do Mosteiro para a cerimónia de honra aos Mortos em Combate na Sala do Capítulo onde se localiza o Túmulo ao Soldado Desconhecido com a deposição das coroas de flores pelas entidades representadas.
O Dia Nacional do Combatente terminou com a apresentação da exposição da autoria de Aurore Descamps-Ronsin, Porta-guião do Núcleo de Lillers, intitulada «Louis Lantoine – Cônsul de Portugal em Arras», de homenagem a este Combatente francês e Sócio Benemérito da LC que muito fez durante a sua vida em prol dos Combatentes portugueses residentes em França e pela preservação e conservação do Monumento de La Couture e Cemitério Militar Português de Richebourg.
A comemoração anual do Dia Nacional do Combatente é sempre um momento marcante para Todos os que serviram e servem Portugal. A LC agradece aos Combatentes, Sócios, Núcleos, familiares e amigos que tornaram esta cerimónia um ato dignificante da memória do Combatente Português e a todas as entidades e instituições participantes.

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