A Liga dos Combatentes assinalou, no passado dia 11 de novembro, o 98.º Aniversário do Armistício da Grande Guerra, o 95.º Aniversário da sua fundação, o 42.º Aniversário do fim da Guerra do Ultramar e o centenário da Grande Guerra. A cerimónia evocativa realizou-se junto ao Monumento de Homenagem aos Combatentes do Ultramar, em Belém, tendo sido presidida pelo Presidente da República e contando com a presença de altas individualidades civis, militares e religiosas, dos Núcleos da Liga dos Combatentes, Associações de Combatentes e muito público, onde se destaca a participação de dezenas de jovens estudantes do ensino secundário.
No decorrer deste ato solene, usaram da palavra o Presidente da Liga dos Combatentes, General Chito Rodrigues e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Na sua intervenção o Tenente-general Chito Rodrigues, agradeceu a presença, naquele ato simbólico, do mais alto Magistrado da Nação, referindo a origem da LC e a sua vocação solidária, dando particular realce a um dos seus fundadores mais ilustres, João Jaime Faria Afonso, onde referiu: “Finalizo pois com esta homenagem à Paz, aos que se bateram em conflitos por Portugal e aos 95 anos da Liga dos Combatentes, evocando, para além do sentido patriótico que toca os combatentes e o sentido do transcendente que lhes surge, sempre que o risco e o perigo estão presentes, no campo de batalha, o lado heroico que os caracteriza quer na vida quer na morte”.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que a paz é o único propósito legítimo da guerra, para depois referir que a Europa atravessou um dos períodos mais sangrentos da sua história, causador de mais de 20 milhões de mortes entre militares e civis e de igual número de feridos. A dado passo declarou que, como em tantos outros momentos, ficou a dever-se aos soldados aquilo que a diplomacia não conseguiu conquistar. A eles se ficou a dever a nobreza e a generosidade dos serviços prestados, em nome da liberdade dos povos. Elogiou a Liga dos Combatentes por se constituir com honra e dignidade fiel depositário da memória dos soldados portugueses, que ao longo dos tempos ergueram bem alto a Bandeira Nacional. Prestando-lhe homenagem, em nome de todos os portugueses, pelos atos meritórios que vem desenvolvendo ao serviço da causa social, no amparo aos militares e suas famílias.
No decorrer das cerimónias a Liga dos Combatentes, foi agraciada pelo Presidente da República, com a distinção de membro honorífico da Ordem do Mérito.
Posteriormente, foram depositadas coroas de flores junto ao Monumento, pelas várias individualidades presentes e prestadas as honras militares aos combatentes que tombaram ao serviço da Pátria, a que se seguiu uma pequena cerimónia de invocação religiosa.
Prestou as honras militares um batalhão representando os três ramos das Forças Armadas, participando também a Banda e Fanfarra da Armada.
Terminada a cerimónia foi entoado o hino da Liga dos Combatentes, desfilando, posteriormente, as Forças em parada. De seguida seguiu-se uma, visita ao Museu do Combatente, tendo na ocasião sido inaugurada a exposição, intitulada Fundação e Fundadores, relacionada com a origem da Liga dos Combatentes.